Para além do Atlântico negro de Paul Gilroy, o Atlântico da escravidão, noção abrangente cujas fronteiras vão ao coração dos continentes, ainda que constantemente retrabalhado por subdivisões linguísticas (o Atlântico lusófono, francófono, anglófono...) ou hemisféricas (Atlântico Sul, Norte). Este livro, no entanto, desafia essas fronteiras: surge como uma história cruzada entre o Atlântico Sul e o Atlântico Norte, entre um espaço lusófono e um outro, francófono; entre datas da abolição da escravatura separadas no tempo. Busca definir os vínculos, os efeitos de convergência, bem como as diferenças entre esses mundos. O livro reúne 12 historiadores para pensar as ligações entre escravidão, pós-escravidão, cidadania e subjetividade, entre os séculos XVII e XX, no Atlânticoda Escravidão.