Tudo começou com um panfleto para uma fábrica de iogurte. Para atender família Casares. Para atender a encomenda, os amigos se reuniram em uma casa de campo para escrever e começaram uma parceria que deu origem não apenas a livros, mas a dois autores. A Biblioteca Azul publica novas edições dos três volumes escritos por Borges e Bioy em uma colaboração tão íntima que heterônimos,com a peculiaridade de serem “heterônimos de dois”.
"Um modelo para a morte" é o único texto assinado por B. Suárez Lynch, discípulo literário de Bustos Domecq. O conto é uma sátira às novelas policiais, misturando investigação rigorosa, exageros racionais e comentários aleatórios. Os roteiros de cinema "Os suburbanos" e "O paraíso dos crentes" são assinados pela dupla Borges e Bioy. O primeiro narra uma história de Julio Morales, que em sua jornada à procura de um homem de coragem busca a si mesmo. "O paraíso dos crentes" faz uma incursão pelo lado obscuro de Buenos Aires enquanto parodia filmes de gângster.
O escritor argentino Alan Pauls afirma que "amparados por um pseudônimo Borges e Bioy lançaram mão de elementos que não poderiam nunca figurar em suas obras individuais", como "o uso brutal da cultura popular, atrevimento e paixão rasteiras".