Um romance perfeito sobre o envelhecimento, a morte e o suceder das gerações que ocupa um lugar cimeiro na obra de Adolfo Bioy Casares e de toda a literatura sul-americana.
Um certo dia, de forma inesperada, os jovens de Buenos Aires decidem que quem tem mais de cinquenta anos é inútil à sociedade. Inicia-se uma misteriosa e terrível «guerra aos porcos», na qual, durante uma semana, os jovens da cidade fazem uma caça aos «velhos» com o intuito de os eliminar. Isidoro Vidal e o seu grupo de amigos já reformados são apanhados desprevenidos no meio da violenta revolução geracional. A guerra obriga-os a alterar hábitos e a improvisar uma defesa desesperada. Têm de aprender a deslocar-se pela cidade em horas improváveis e esconder-se dos seus próprios filhos, agora seus inimigos. No entanto, no meio do terrível conflito, como num moderno Romeu e Julieta, floresce o amor secreto entre o velho Vidal e a jovem Nélida…
Publicado em 1969, durante a ditadura argentina, e posteriormente adaptado ao cinema, Diário da Guerra aos Porcos é um dos romances essenciais da bibliografia de Bioy Casares e da literatura sul-americana — uma alegoria irónica, visionária e cruel sobre a passagem do tempo, o medo da morte e a fragmentação do mundo, na qual paira a atmosfera do sonho e do fantástico.
Tradução de Sofia Castro Rodrigues e Virgílio Tenreiro Viseu
Os elogios da crítica:
«Uma ficção perfeita sobre o envelhecimento e a proximidade da morte.»
Ana Cristina Leonardo, Expresso – Actual
«Um travelling sobre as lacunas eternas do medo. Que [Casares] o faça deixando-nos com um sorriso nos lábios é apenas uma das marcas da sua mestria.»
João Bonifácio, Público
«Casares é um dos maiores escritores da América Latina, com uma vasta obra onde a fantasia e a realidade se sobrepõem numa harmonia magistral.»
Jorge Luis Borges
«Quem me dera ser o Bioy. Sempre o admirei como escritor e o estimei como pessoa.»
Julio Cortázar
«Casares foi sempre o maior especialista em descobrir a irrealidade que está presente nas nossas vidas e em transpô-la para histórias emocionantes que nos ensinam a viver de outra forma.»
Octavio Paz, Prémio Nobel de Literatura