Uma meditação arrebatadora — repleta de humor e empatia — sobre a fantasia e os sonhos, sobre a loucura e a paixão, sobre os medos e as dúvidas dos escritores, mas também de todos nós, leitores. Livro consagrado universalmente e merecedor de diversos prêmios, A louca da casa é, acima de tudo, a ardente história de amor e salvação entre Rosa Montero e sua própria (e fervilhante) imaginação.
"De fato, escrever romances foi o que já encontrei de mais parecido a me apaixonar (ou melhor, a única coisa parecida), com a considerável vantagem de que a escrita não precisa da colaboração de outra pessoa. Por exemplo, quando você está submerso em uma paixão, vive obcecado pela pessoa amada, a ponto de pensar nela o dia todo; ao escovar os dentes, você vê seu rosto flutuar no espelho; dirigindo, você se confunde de rua porque está obnubilado com sua lembrança; ao tentar dormir de noite, em vez de deslizar para o interior do sono, cai nos braços imaginários do amante. Pois então, quando está escrevendo um romance, vive no mesmo estado de delicioso alheamento: todo o seu pensamento se encontra ocupado pela obra e, assim que dispõe de um minuto, você mergulha mentalmente nela. Você também se engana de esquina quando dirige, porque, como o apaixonado, tem a alma entregue e em outro lugar."