Considerado um dos 100 melhores livros de ficção em língua inglesa pela revista Time, o sucesso do cinema cult estrelado por Jack Nicholson chega à Amarcord.
"Tinindo, tinindo, tilinta os dedinhos… […] um voou para o leste, um voou para o oeste e um voou para fora, é um estranho no ninho…" É o som da cantiga popular de roda que os impulsos elétricos entoam na cabeça de Bromden, o narrador desta insólita aventura. Conhecido como Chefe Bromden, ele é um indígena mestiço alto e calado, herói de guerra e interno na ala de um hospital psiquiátrico nos Estados Unidos. Seus dias se perdem entre varrer indefinidamente a enfermaria e lidar com memórias e surtos alucinatórios motivados pelos repetidos abusos da equipe comandada pela enfermeira-chefe, a Srta. Ratched. Os dias são brancos, as noites, indiferentes.
Mas algo muda com a chegada de uma nova figura, o Sr. R. P. McMurphy – um marginal condenado, viciado em jogos de azar e completamente insubordinado. Logo no primeiro contato, McMurphy e a Srta. Ratched se enfrentam, e esse antagonismo, levado adiante pela narrativa de Chefe Bromden, se torna não só uma grande alegoria do embate das forças culturais, morais e éticas dos anos 1960, mas também do próprio bem e mal como noções universais e repletas de matizes.
A escrita de Ken Kesey é dinâmica. Não sem motivo, Um estranho no ninho foi adaptado para o cinema em 1975, o que lhe rendeu o Oscar de melhor filme, melhor diretor para Miloš Forman, melhor ator para Jack Nicholson e melhor atriz para Louise Fletcher. Ao expor a vivência de alguns homens de uma ala psiquiátrica para o mundo, Kesey despertou o interesse de muitos para o tema da saúde mental e os diversos significados de liberdade. Sem dúvida, um clássico rebelde da literatura do século 20.
A presente edição conta com apresentação inédita de Natalia Timerman e prefácio de Joel Birman, ambos psicanalistas e escritores premiados.
"Um trabalho de grande mérito literário […]. O que o Sr. Kesey fez em seu romance pouco convencional foi transformar a ala de internos de um hospital psiquiátrico em uma alegoria sobre o bem e o mal." – The New York Times
"Uma estreia literária brilhante […]. Uma história forte e calorosa sobre a natureza do bem e do mal no ser humano. Kesey fez de seu livro um grito de protesto contra as regras de uma sociedade medíocre e aqueles que as reforçam." – Time
"O triunfo final destes homens, a custo de terríveis sacrifícios, arrepia a todas as pessoas que leem. As cenas desse romance têm vivacidade cinematográfica." – The Washington Post
"Um livro espetacular […]. Os personagens são originais e reais […]. Este é um depoimento contra o crescente controle sobre o ser humano e a sua mente, ainda que não seja panfletário. E tampouco o autor esquece que há uma linha tênue entre a tragédia e a comédia." – Houston Chronicle