De tudo o que se segue, eis o ponto mais importante: os CEOs devem dirigir a empresa, mas os conselheiros também são encarregados de liderar a organização nas questões mais cruciais. O monitoramento continua sendo importante. A governança ainda é relevante. Mas chegou a hora de os conselhos de administração reequilibrarem suas responsabilidades. Os conselheiros precisam saber quando assumir o comando, quando atuar em parceria e quando ficar fora do caminho. Reguladores, investidores e colaboradores estão pressionando os conselhos a cumprir suas responsabilidades e garantir os resultados da empresa. Isso requer várias decisões que só o conselho pode tomar: a decisão de selecionar, reter ou afastar o CEO; de estabelecer uma cultura de ética e integridade; de definir metas e incentivos para a equipe executiva; e de avaliar a ideia central da empresa, seu apetite para o risco e sua estrutura de capital. Por que a liderança do conselho é importante? Porque, com muita frequência, o destino de empresas, colaboradores e acionistas depende disso. Apresentamos relatos da Ford Motor Company americana, da BHP Billiton australiana, do Grupo RBS brasileiro, da GlaxoSmithKline britânica, da Bharti Airtel indiana, da Lenovo chinesa, entre outras organizações, nos quais você encontrará exemplos de conselheiros que mudaram o destino da empresa. Para ver como alguns conselhos também podem deixar a empresa e seus stakeholders à deriva, analisaremos empresas que fracassaram, incluindo várias que caíram no abismo. A liderança de um conselho de administração pode criar valor e sua ausência pode destruir o valor. Com base em práticas que estão surgindo em uma série de empresas, este livro oferece recomendações práticas para conselhos que ambicionam fazer uma grande diferença na liderança.