Baltasar Gracián, um erudito jesuíta espanhol, apresenta em “A Arte da Prudência” 300 ensinamentos para colocarmos em prática em nosso dia a dia. São estratégias de para se ter sucesso e atingir a felicidade em um mundo hostil. Mostrando as hipocrisias das relações humanas, os conselhos de Gracián envolvem temas como, amizade, trabalho, relacionamentos e conquistas, além de evidenciar sua visão espiritual e religiosa sobre o mundo. Em conclusão, o livro é um precioso manual de normas de uso prático para a conduta dos homens em um mundo em conflito. Seu estilo é a quintessência da economia expressiva e concisão. Concentração semântica em frase breves e elípticas, que se sucedem, em um encadeamento de sentenças que trazem grande satisfação ao leitor atento.
Arthur Schopenhauer, que traduziu a obra para o alemão e a divulgou, diz: “Absolutamente único... um livro feito para uso constante - um companheiro para a vida”.
“Baseado na lógica e na observação do que estava ao seu redor para tecer máximas de teor prático e realista, repletas de conceitos racionais de retórica refinada, Gracián se distancia de Sun Tzu e Maquiavel, para se aproximar de Sêneca e Marco Aurélio na estante de livros que sobrevivem à cabeceira da cama daqueles que apreciam uma leitura edificante e prazerosa.” Jean Tosetto, autor do prefácio.
Versão bilíngue: tradução moderna e original em espanhol.
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“Mas, se filosofarmos bem, não há outra escolha senão a da virtude e da atenção, pois não há mais sorte ou azar do que prudência ou imprudência.”
“Não aprecie os milagres do vulgo, pois não passam de charlatanismo. A multidão se encanta com tolices e não presta qualquer atenção a um bom conselheiro.
“Na dúvida, é sensato aproximar-se dos sábios e prudentes, que mais cedo ou mais tarde se deparam com a sorte.”
“A fortuna se cansa quando tem de carregar alguém nas costas por muito tempo.”