Duas garotas que, aparentemente, não têm nada em comum se encontram no Parque Indígena do Xingu e se permitem se conhecer. Amana é indígena e vive nesta que é a maior e mais importante reserva indígena brasileira e conhece Luna, uma garota da cidade que foi até lá com sua mãe, que é médica. Por ser narrado pela pequena Amana, em primeira pessoa, o livro transparece o estranhamento natural de conhecer alguém diferente. Nas ilustrações delicadas da paraibana Luyse Costa, o leitor acompanha também o ponto de vista de Luna. Ambas têm sonhos não materiais, que se convergem na figura da sereia Iara. É durante uma contação de histórias, à noite sob a luz das estrelas, que elas ouvem dos mais velhos sua lenda. A figura folclórica une Amana a Luna de forma que elas jamais poderiam imaginar.