A televisão tradicional enfrenta, desde a entrada na segunda década do século XXI, significativas transformações. A sua completa digitalização não apenas pressupõe uma melhoria na qualidade da imagem e do som, como também abre portas ao pluralismo ideológico e à diversidade cultural. No entanto, a implementação da televisão digital terrestre (TDT) mostra que a definição de um modelo televisivo depende não só da tecnologia, mas também das relações políticas, económicas, sociais e culturais – enquanto em alguns casos serviu para aumentar o número de agentes ou para lançar sinais e serviços, noutros casos reforçou o poder dos operadores nacionais num contexto de competição entre os diferentes suportes (satélite, cabo ou internet).
A obra, coordenada pelos especialistas Albornoz e García Leiva, e na qual participam reputados investigadores do meio televisivo pertencentes a prestigiosas universidades e centros especializados no sector audiovisual, analisa a transição para a TDT e o “apagão analógico” em alguns dos principais países da Europa (Reino Unido, Espanha e França), América (EUA, México, Brasil e Argentina) e Ásia (Japão e China).