Coisas maravilhosas!" Foi o que disse, extasiado, o egiptólogo Howard Carter, quando seus colegas lhe perguntaram o que a luz da chama que ele apontava ao redor da recém-descoberta tumba do rei Tutankamon lhe mostrava. Suas palavras vieram à minha mente enquanto folheava os excertos dos puritanos que compõem este livro. São maravilhosos da mesma forma que todos os bons devocionais — isto é, ampliam nosso senso da grandeza, da benevolência e da proximidade de Deus em relação a nós, o que nos leva a louvar e adorar. Randall Pederson realizou um excelente trabalho de seleção (alguns títulos dos livros dos quais ele extraiu os textos são verdadeiros devocionais!), e estou certo de que os leitores interessados no assunto serão grandemente fortalecidos na fé, na esperança e no amor.
Historicamente, a influência dos puritanos ingleses prolongou-se por mais de um século e meio, aproximadamente de 1560 a 1710. Publicamente e em termos políticos, eles fizeram campanhas para numerosas reformas na Igreja e no Estado e acabaram perdendo todas as batalhas nas quais se envolveram. Durante aquele período, no entanto, por meio de pregações, ensinos, vida pessoal e paciência nas perseguições, eles aclararam e transmitiram um glorioso ideal de santidade de coração, expresso em comportamento consciente, bem organizado e doxológico — o autêntico ideal bíblico de vida piedosa, que, no devido tempo, tornou-se a base do Grande Despertamento e do Avivamento Evangélico da Grã-Bretanha. Com ideias bem definidas sobre a autoridade bíblica, justificação pela fé e estrutura da aliança da graça de Deus, os puritanos foram igualmente claros a respeito das realidades da vida cristã — comunhão com o Deus trino, ética bíblica e o mesmo modo "de pensar dos peregrinos. Em tempos de decadência espiritual como os nossos, eles podem ajudar-nos a recuperar a sabedoria e o poder desse ideal, uma necessidade que certamente todos nós temos.
Mas os puritanos são tão… antiquados!