Por que conceitos de força podem ter importância na física contemporânea, amplamente estruturada na concepção de campos, quânticos ou clássicos? Tais conceitos interessam ao professor de física, aos pesquisadores e a diversos profissionais das ciências? Nos capítulos iniciais deste livro, Jammer apresenta argumentos pertinentíssimos.
Chegaram os gregos a conceitos de força funcionalmente úteis na abordagem e compreensão dos fenômenos físicos? E o desenvolvimento da noção quantitativa de força encontra-se no pensamento de Kepler? Nos capítulos 4 e 5 há respostas interessantíssimas.
Newton é radical? Que papel guarda a história das ideias para o construtor da mecânica newtoniana? As pesquisas nos capítulos 6, 7 e 8 mostram que Newton sintetiza e fundamenta uma das ideias mais profícuas do pensamento humano.
Leibniz procurou explicar os movimentos usando conceitos de força e energia? Que influência Boscovich exerceu sobre Faraday? Quais as contribuição de Kant e de Spencer? O autor retrata impecavelmente as ideias desses filósofos no capítulo 9.
Como descrever a propagação da ação gravitacional? Hooke, Villemot, Lesage, Herapath, pensadores insatisfeitos com as lacunas deixadas por Newton, merecem atenção? As ideias mecanicistas sobre a propagação da gravitação são esclarecidas no capítulo 10.
Berkeley, Maupertuis, d?Alembert e Lagrange criticaram o conceito de força de Newton? Como eram as propostas de Kirchhoff, Hertz e Mach para eliminar esse conceito da ciência? As teorias de Faraday, Maxwell, Einstein, Dirac, Heisenberg, Majorana e Yukawa, fundamentadas na concepção de campo, abandonam completamente as ideias de força? Uma ampla explanação desses confrontos está nos capítulos 11 e 12.
Aguardamos pesquisadores capazes de prosseguir esta obra maravilhosa e de rara vastidão conceitual e intelectual, realizada por Max Jammer, para nos contar o que estamos presenciando nesses primeiros dez anos do século XXI.
Waldemar Monteiro da Silva Junior
Professor do Departamento de
Física da PUC-Rio
A ideia de força já estava presente no pensamento pré-científico, carregada de conotações metafísicas. Na aurora da revolução científica, Kepler lançou mão dela para relacionar as alterações na velocidade dos planetas e na distância deles em relação ao Sol. Com a mecânica de Newton, a força passou a reinar na física moderna. Desempenhou um papel construtivo no progresso da ciência, até que as novas concepções da física de campos a destronaram. É a história que Max Jammer nos conta neste livro brilhante.