«Um dos 10 melhores livros do ano.» The New York Times
Uma saga familiar enfeitiçante, de uma das grandes novas vozes da literatura americana, herdeira de James Baldwin e Toni Morrison.
Recomendado pelo Plano Nacional de Leitura
Plano Nacional de Leitura
Literatura - Maiores de 18 anos
Geração após geração, a comunidade negra de Mallard, no Estado sulista de Luisiana, esforça-se por aclarar o tom da sua pele, favorecendo os casamentos mistos. Desiree e Stella são disso um bom exemplo, com a sua pele "cor de areia húmida", olhos castanho-avelã e cabelo ondulado. Mas a aparência não basta para as livrar do estigma, e acabam por assistir à morte violenta do pai, à humilhação da mãe depois disso.
Aos dezasseis anos, escolhem fugir juntas da terra sufocante. Pretendem escapar ao seu sangue e libertar o seu futuro. Mas a fuga para Nova Orleães acaba por ditar o afastamento das irmãs.
Catorze anos mais tarde, Desiree volta à casa materna, arrastando pelas ruas poeirentas da terra uma filha de pele "negra como o alcatrão", que atrai todos os olhares do lugarejo retrógrado. Stella, por seu lado, tem a vida construída numa mentira: vive na Califórnia, faz-se passar por branca, e o marido nada sabe do seu passado.
Apesar de tantos quilómetros e tantas mentiras a separá-las, os destinos das gémeas estão inevitavelmente entrelaçados. E voltarão a cruzar-se, porque é impossível renegar a metade que nos pertence.
Na saga desta família, Brit Bennett cria uma história de apelo universal e intemporal. Não se detendo no inevitável tema central da raça e da identidade, A outra metade reflecte sobre o peso do passado no presente, pondera as consequências e os limites da reinvenção pessoal e oferece uma meditação poderosa sobre a família e a liberdade inpidual.
Os elogios da crítica:
«A partir de uma saga familiar, Bennett traça um retrato complexo da individualidade no imenso colectivo americano, inscrevendo-se numa longa tradição, a da narrativa de passagem, onde além da raça e da identidade entram temas como a fuga, a reinvenção, o corpo enquanto representação, as possibilidades e as impossibilidades que se apresentam numa vida que só se vive uma vez.»
Isabel Lucas, Público
«Uma história intemporal sobre o que significa simplesmente crescer, definir-se e reinventar-se, para negociar um lugar no mundo. É um romance bem conseguido e comovente, pertinente em qualquer época. No momento actual, é pungente, orientando a narrativa para questões como quem somos e quem queremos ser.»
Entertainment Weekly
«O magnífico segundo romance de Bennett - uma reflexão ambiciosa sobre a raça e a identidade - sonda os destinos divergentes de duas gémeas, nascidas no Sul racista, depois de uma delas decidir fazer-se passar por branca. Bennett consegue equilibrar as exigências literárias de uma caracterização dinâmica com as realidades históricas e sociais do tema em questão.»
The New York Times
«Reinventar-se ou desaparecer são duas faces da mesma moeda. Bennett convida-nos a considerar o significado da autenticidade quando enfrentamos a discriminação por raça, cor de pele, género ou orientação sexual. Que preço pagamos por sermos como somos? Quantos de nós decidimos fugir ao que esperam de nós? E o que acontece ao outro lado da equação, a parte que deixamos para trás? A outra metade explora todas estas questões numa sofisticada história de amor, sobrevivência e realização.»
The Washington Post
«A outra metade é um romance absolutamente encantador, que me agarrou da primeira à última palavra. Seduz-me com a sua mestria literária, tira-me o fôlego com o seu enredo surpreendente, e desafia-nos a todos a pensar sobre as consequências devastadoras do racismo nas comunidades e vidas individuais.»
Bernardine Evaristo, escritora