O retrato da Antiguidade Clássica que a maioria das pessoas aprende na escola segue um padrão: pinceladas de misoginia ao mesmo tempo que omite as origens da resistência feminista. Muitas práticas notoriamente prejudiciais adotadas hoje, como os códigos de vestimenta nas escolas, a exploração do meio ambiente e a cultura do estupro, têm suas raízes no mundo antigo.
Em Presença de Antígona, Helen Morales nos lembra de que o poder subversivo dos mitos existe porque eles são contados – e lidos – de maneiras diferentes. Para cada história de violência e misoginia relatada pela autora, há outra de solidariedade e empoderamento.
Por meio de capítulos curtos e afiados, que vão de Antígona a Greta Thunberg, Nice a Beyoncé, ou Lisístrata ao movimento #MeToo, a aclamada acadêmica provoca um embate entre o legado da mitologia Clássica e a quarta onda do feminismo, traçando um caminho para o futuro. Inteligente e inspirador, Presença de Antígona oferece um necessário e fascinante novo olhar sobre as histórias que todos conhecemos.