É possível escrever bem? Escrever está na moda. As novas tecnologias de comunicação, quem diria, ressuscitaram o valor da escrita. Já não se escrevem cartas como antigamente, mas concisas mensagens eletrônicas. Não se admitem relatórios longos e complexos. Tempo é dinheiro. Relatórios devem ser objetivos e contundentes. E os vestibulares? Estudante não entra na faculdade se falhar na redação. Nunca se precisou tanto da escrita quanto agora. Ensinar a escrever é tarefa para professores. Jornalistas podem contribuir para aprimorar a técnica de repórteres mais jovens. Profissionais da imprensa são forjados na prática. Trabalham com a experiência adquirida ao longo dos anos de atividade. Este livro se propõe ajudar estudantes a escrever bem. Temos clareza das limitações do desafio. Escrever é atividade complexa, resultado de boa alfabetização, hábito da leitura, formação intelectual, acesso a boas fontes de informação e muita, muita prática. Além, é claro, de algo que vem de Deus ou do DNA, quem sabe? – o talento individual. Não temos o poder de distribuir talento. Nosso papel é contribuir para preencher os outros requisitos – os que dependem do esforço pessoal e da persistência dos interessados em desenvolver a habilidade de transformar objetivos em textos. Aqui estão orientações básicas para o manejo da língua usada na imprensa. Os leitores podem não se transformar em novos Machados de Assis, mas enfrentarão mais preparados o desafio de escrever. Os gênios, talentosos por natureza, não precisam de nós. Pelo contrário. Ensinam-nos!