Uma leitura inspiradora para lembrar que, em tempos de adversidade, a alegria pode ser reencontrada e deve ser compartilhada.
O bom contágio é uma reflexão necessária e honesta da Monja Coen Roshi sobre um momento tão difícil para a sociedade: a pandemia global causada pela COVID-19. Este pode ser um guia em direção ao autoconhecimento e também a esperança de alcançar uma vida plena em tempos difíceis.
Com escrita fluida e capítulos curtos, Monja Coen apresenta elementos da teoria budista, reforçando a importância da prática e da atitude desperta. Coen se mostra sempre atenta aos pensamentos e à vida ética. Principalmente diante de eventos que possam pôr em xeque nossas amarras mundanas, além da nossa própria fé.
O bom contágio traz episódios biográficos e relatos do dia a dia para falar sobre a alegria, a compaixão, a doação, entre outros. Sem deixar de lado medos e angústias, Monja Coen nos aponta o longo - porém recompensador - caminho do bem e da verdade. Mostra-nos como uma tragédia social pode, sim, ser um momento para avaliarmos seriamente a vida, a sociedade e encontrar uma chance de reconexão e realinhamento.
Sabedoria e compaixão são inseparáveis, e é preciso ambas para despertar e fazer o bem para si e para todos. Para não permanecer alheio à violência, ao racismo, ao ódio. Se despertarmos, há chances reais de reparação e recriação da realidade comum.
O bom contágio requer mente e coração abertos para promover uma conversa sincera sobre as dores da vida e a admirável capacidade do ser humano de se adaptar. Monja Coen mostra como é possível (re)encontrar satisfação e alegria até mesmo nos momentos complicados.