Augusta, antropóloga formada por uma prestigiada universidade, volta a sua casa para o funeral do pai. Coincidentemente, seu trabalho de pesquisa acadêmica centra-se em rituais funerários de várias culturas, uma tentativa de desvendar o mistério do luto e a dor quase infinita da perda. Numa viagem no metrô, ela reencontra Sylvia, uma velha amiga — e um caldeirão de reminiscências passa a fervilhar em sua mente e aquecer seu coração.
A história de Augusta começa em 1973, quando aos oito anos de idade ela se muda para o Brooklyn — um enclave multicultural de Nova York com uma dinâmica comunidade afro-americana e vastas populações de imigrantes de todo o planeta. Lá, ela descobre o poder e o conforto da amizade feminina, enfrentando a transição da adolescência para a vida adulta.
O encontro com a amiga de longa data põe em movimento a memória da década de 1970, transportando-a para um tempo e um lugar onde os laços de afeto representavam tudo para ela. Uma época em que a música pop tocada no rádio dava o tom da vida emocional, e os programas de tv ilustravam, com cores psicodélicas, a paisagem cultural de crianças e adolescentes.
Para Augusta e suas três amigas — Sylvia, Angela e Gigi —, que compartilhavam confidências enquanto andavam pelas ruas do bairro, o Brooklyn era um lugar onde garotas bonitas, talentosas, alegres e brilhantes pareciam enxergar um futuro luminoso. Mas sob o verniz da esperança havia um outro Brooklyn, um lugar verdadeiramente perigoso em que homens mais velhos procuravam meninas em corredores escuros de prédios populares, fantasmas assombravam à noite e mães desapareciam de um dia para outro.