Compreender que a monogamia é uma construção ideológica não é tão difícil quanto romper com esse conceito na prática. Desde crianças, somos programados para o amor romântico. Por isso, se você decide pautar suas relações por padrões que escapam à tradição do "felizes para sempre", pode enfrentar dificuldades: primeiro, para encontrar parceiros que compartilhem dos seus pensamentos sobre amor e sexo; depois, mesmo quando encontra alguém, porque você talvez se torne alvo da incompreensão de colegas de trabalho, vizinhos, familiares e amigos — e alguns deles não hesitarão em julgar suas opções, dedicando-lhe vocativos como "puta", "galinha", "vadia" etc. Mas, afinal, perguntam as autoras deste livro, qual o problema em ser promíscuo? Pautando-se por uma grande preocupação com o cuidado, o diálogo, a sinceridade e, claro, o consentimento das relações humanas, Ética do amor livre foi lançado em 1997 e ajudou muita gente a buscar o tipo de relacionamento que mais se aproxima dos próprios desejos e necessidades afetivas. Esta edição brasileira, atualizada pelas autoras e com texto de orelha da psicóloga Regina Navarro Lins, pode ser exatamente o que você estava precisando para compreender que os seres humanos desenvolveram múltiplas maneiras de se relacionar, e que a monogamia é apenas uma delas — e que não é nem melhor nem pior que todas as demais, desde que você possa escolher livremente o que deseja viver com a(s) pessoa(s) que ama.