Romance sobre passado e presente da autora de Como conversar com um fascista e Feminismo em comum.
Em uma São Paulo distópica, mas perigosamente familiar, uma mulher que não foi capaz de viver a própria vida e uma jovem à procura da mãe desaparecida durante a ditadura militar se envolvem em um jogo de aproximações e distanciamentos em meio a uma cidade apodrecida, em que a insegurança, a crise hídrica, os golpes de Estado e uma elite política carcomida, na qual se destaca um psicopata que manda pintar os muros de cinza, são o retrato do que se construiu a partir do fim das utopias.
Neste novo romance, marcado por reviravoltas, ressentimentos, dívidas e buscas pela verdade, em um contexto em que estar vivo ou morto não só é uma questão de sorte como também de perspectiva, Marcia Tiburi escreve sobre cicatrizes profundas que se tornaram invisíveis com o tempo – consequências da reinvenção de um passado diante da necessidade de salvar o próprio futuro.