Um dos autores de mais destaque no cenário da ficção científica, Ted Chiang pode ser descrito como um escritor pouco prolífico: tem apenas quinze trabalhos publicados, entre contos e novelas curtas.
A pequena produção contrasta com sua expressiva quantidade de premiações: os oito textos reunidos em História da sua vida e outros contos ganharam no total nove importantes prêmios, dentre eles Nebula, Hugo, Locus, Sturgeon, Sidewise e Seiun.
Publicadas originalmente em volumes diversos, as narrativas de Ted Chiang estão pela primeira vez reunidas em uma coletânea. Entre as histórias dotadas de rigor científico, humanidade e lirismo estão “A torre da Babilônia”, na qual um minerador sobe a famosa torre com a missão de escavar a abóbada celeste; “Divisão por zero”, uma reflexão precisa e devastadora sobre o fim da esperança e do amor, e “História da sua vida”, na qual uma linguista aprende um idioma alienígena que modifica sua visão de mundo.
Com uma prosa límpida e ideias às vezes desconcertantes, Chiang comprova seu inegável talento para a boa ficção científica: a capacidade de contar uma história humana, extremamente bem escrita, na qual a ciência funciona como expressão dos questionamentos mais profundos enfrentados pelos personagens. Um livro repleto de ideias originais e passagens inesquecíveis.
O conto que dá título ao livro, “História da sua vida”, foi adaptado para o cinema sob o título A Chegada, numa produção de Denis Villeneuve, estrelada por Amy Adams e Jeremy Renner, e indicada aos prêmios de Melhor Roteiro e Melhor Direção no Festival de Veneza e selecionada como o filme de abertura do Festival do Rio. A Chegada estreia no Brasil em grande circuito em fevereiro de 2017.
“Ted Chiang escreve com pouca frequência, mas seus textos, quase inexplicavelmente maravilhosos, transcorrem com a precisão de um relógio suíço e explodem na consciência do leitor com impacto e força devastadores.” Kirkus Reviews
“Contos audaciosos, desafiadores e comoventes. As narrativas se assemelham ao trabalho de um Philip K. Dick menos metafísico ou de um Borges com mais caracterização e elementos de ciência.” Publishers Weekly